Dokonjo Daikon


A eterna pergunta: publicidade é arte?
janeiro 4, 2009, 8:34 pm
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Hoje fui ao Museum of Modern Art de Nova York, popular MoMA. Fui esperando ver, duh, arte moderna. Lichtenstein (meu favorito), Warhol, Picasso, Matisse, Pollock, Miró (demais até), Van Gogh e até alguns Monet. Estavam todos lá, entre Frida Kahlo, um ou outro brasileiro, viagens de LSD, e, para a minha surpresa, peças publicitárias.

Detalhe de obra de Lichtenstein. Meu reflexo pode ser visto no vidro.

Detalhe de obra de Lichtenstein. Meu reflexo pode ser visto no vidro.

Não quero iniciar aqui um daqueles debates sem fim de “o que é arte?” como os do primeiro semestre de faculdade. Também não quero discutir se publicidade é ou não arte, já que é outra controvérsia sem fim, apenas relatar minha experiência. A minha opinião sempre foi que publicidade não seria arte, já que não possuiria aura, esta definida por Benjamin. Mas não há como negar que arte e design gráfico andam lado a lado.

Já passamos por uma época na arte onde o consumismo exagerado foi retratado por artistas como Warhol etc etc etc. Agora eu me deparo com a própria publicidade exposta, não como relato histórico, mas como obra em si.

Videoclips

Minha primeira surpresa foi encontrar uma sala com televisões passando clips dos anos 60 e 70 numa seção chamada de ‘Media’. David Bowie, Beatles, Devo, entre outros ficavam tocando em loop. Sem dúvida alguma são peças publicitárias para divulgação dos discos, essas, entretanto, muito menos comerciais e apelativas das que encontramos na MTV atualmente. Tá, acho que é de alguma forma arte.

David Bowie toca Space Oddity

David Bowie toca Space Oddity

Catálogos

Mais adiante no museu, me deparo com um artista alemão que ampliou catálogos de moda alemães da década de 70 ou 80, pelo que pude deduzir. Ele também colocou em exposição sutiãs, desentupidores de vaso e outros objetos vendidos nos anúncios. Aqui se vê um toque de arte quando à seleção das peças e forma de exibição, passa no meu “artômetro”.

Catálogo de roupas vira arte

Catálogo de roupas vira arte

Pôsteres

Em um ponto do museu encontrei peças publicitárias stricto senso (só pra fazer de conta que eu sei latim). Cartazes da Pan Am e panfletos, flyers e outros elementos publicitários de antigamente e algum até mesmo contemporâneos. Arte? Sei não. Quem já trabalhou em agência sabe o quanto uma peça (e não obra!) dessas passa e muda com a intereferência de terceiros, quartos, quintos e as tias dos sextos. Quem nunca passou pelo ‘aumente meu logo‘?

Pôsteres Pan Am

Pôsteres da Pan Am decoram as paredes do MoMA

The Printed Picture

Mas o que me impressionou MESMO, foi uma série de salas todas dedicadas aos tipos de impressão relacionados à reprodução de imagens. Começava lá no início com os desenhos, impressão de cobre para partituras (que popularizou imensamente a impressão em massa), tipos de tinta, daguerreótipo, tipos de prata, tipos de tinta, offset, xilogravura… chegando aos mais modernos, com tipos de impressão a laser, jato de tinta e por aí vai. Estavam expostas folhas de teste de impressão da impressora XX da Canon ou HP! Para mim, que posso dizer que entendo um pouco de impressão, achei a melhor parte da galeria. Um fonte quase inesgotável para uma turma de graduação (ou até pós) em publicidade, fotografia ou design!

Mas muito leigo achou que aquilo era ‘arte’. Vi gente rindo de uma cópia do NYT. Sim, no meio de tanta bizarrice, não é de se estranhar que aquilo pudesse ser arte, mas eu acredito que esta sim era uma exposição com fins educativos e históricos.

Partitura foi impressa com um processo que envolve cobre

Partitura foi impressa com um processo que envolve cobre

Tinha um livro desta exposição para vender lá. Salgados US$ 60. Não comprei, espero achar uma versão mais barata online. Tá por US$ 38 na Amazon.

Por fim, foi uma tarde cansativa e muito proveitosa. Encerrei a visita com uma ida ao jardim, com obras de Miró, Rhodin, Picasso e outras. Ia passar na Nintendo Store, mas acabei voltando pra casa podre de cansado. Amanhã pretendo ir no museu de technologia da Sony, na Nintendo e subir no Rockefeler Center.



A câmera
agosto 30, 2008, 2:55 pm
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Bom, como vocês puderam notar pelo Flickr, chegou minha câmera nova. É uma D300, não é a melhor do mercado, mas achei o melhor custo/benefício. A máquina tem uma série de funções novas em relação à minha antiga D70 e ainda estou aprendendo a usá-los.

Vocês também podem notar que mudei a foto do cabeçalho para uma daqui de Carbondale. O bonequinho ali eu acho que indica que devemos atravessar a rua como robôs. Também fiz uma lista de blogs ali do lado. Se eu esqueci de algum, avisem-me.

Mais fotos em muito breve. Só não quero atolar isto de fotos porque senão fica aquela coisa monótona e sem novidade.