Dokonjo Daikon


Ben Folds – Congress Theatre
outubro 14, 2008, 12:35 am
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Chegando 40 min atrasado ao teatro, corri para a entrada, entreguei meu ingresso e a primeira coisa que fiz foi me certificar se tinha começado. Missy Higgins ainda estava no palco. Fui na banquinha e comprei minha camiseta superfaturada e fui pro meio da galera. Fui me esgueirando para tentar chegar na frente, estava todo mundo bem espaçado. Aí um americano diz “What are you doing?”. “Tentando chegar ali na frente.” “Tem gente lá na frente”. Como o cara era bem maior que eu, resolvi parar e esperar o show começar.

Ben Folds começa o show com Way To Normal, faixa título do recém lançado disco e que não está incluída no álbum, e emendou Brainwascht, ambas do novo disco.

Aí veio Effington.

O Ben explicou que a música é sobre uma cidade de Illinois, chamada Effingham, mas ele errou na hora de fazer a letra e colocou Effington. Engraçado que enquanto eu passava por Effingham, estava tocando a música em meu iPod.

Então veio o single do novo disco “You Don’t Know Me”, onde ele divide os vocais com a excelente Regina Spektor. Missy substituiu a russa muito bem e a galera cantou o refrão. O Ben fazia piada toda hora com o carinha que toca teclado e um monte de outros instrumentos, parece que ele passou a fazer parte da banda porque tirou umas fotos boas da banda… hmm…

E finalmente uma que a gente conhecia! Landed, essa todos cantaram. Então o Ben larga “tá, depois que a gente acabar essa palhaçada de música nova eu saio do palco, vocês pedem pra eu voltar e eu toco todas as velhas que vocês conhecem”.

Annie Waits. Matou a pau. Aí veio Cologne. Jogada de marketing. “Gente, quando eu anunciar a música, vocês gritam que nem malucos porque isso vai pra iTunes Store”. Gritamos.

Antes de começar a próxima música, o Ben explicou que eles gravaram um segundo disco chamado Way to Normal, que tem exatamente as mesmas faixas, mas com significados diferentes. Eles largaram o disco, gravado em uma noite, na web semanas antes do lançamento, simulando um vazamento. Jogada muito boa. Foi então que eles tocaram “Lovesick Diagnostician” (versião alternativa de “Dr. Yang”), seguida da original.

Veio então Hiroshima, uma música que ele fez sobre a vez que ele caiu no palco e Frown Song (versão alternativa), quando os dois músicos de suporte voltaram ao palco com carinhas de triste. Vejam no vídeo abaixo da versão alternativa.

Depois vieram Kylie in Connecticut, Free Coffee e Free Coffee (versião alternativa). Sendo que nestas duas ele colocou latinhas de Altoids no piano e ligou a distorção dando um som de overdrive muito muito massa.

Depois Zak and Sara. Cantei até não poder mais.

E, a última antes do bis, Bitch Went Nutz, (versão alternativa). Aqui ele contou uma lorota sobre ele ser um advogado republicano que teria levado a namorada liberal em uma festa da empresa e a mulher começou a falar pró-aborto e não sei o que mais. Mas fazendo cara de sério. Depois da música ele desmentiu tudo, obviamente. A galera vaiou indecente os republicanos.

BIS

Agora sim vieram as crowd pleasers. Ele voltou e tocou solo no piano The Luckiest, Emaline, Boxing e Fair. A banda chegou pra destruir com Kate. Melhor música da noite.

Still Fighting It todo mundo cantou a letra toda. Única em únissono. O público americano não é muito fã de nada pelo que pude notar.

Daí veio Rockin’ The Suburbs, versão piano sem guitarra. Notei que muita gente não reconheceu a entrada da música. Melhor parte foi “it gets me real pissed off and makes me wanna say” e deixou o resto pra galera.

E finalmente Not The Same com a última Frown Song (versião fake).

Saí querendo muito mais. Estava adorando o show. Acho que este foi o show que eu vi que eu mais gosto do artista. Não foi a melhor performance, isso é certo, mas nunca vi um show de alguém que eu aprecie tanto a música.

E não, não tenho uma ÚNICA foto do show porque fiquei com medo de levar a câmera e me barrem, que não tava acontecendo, e acabou minha bateria do celular. Ainda bem que vi que isso estava acontecendo e escrevi na mão o telefone do Alex, um amigo de um amigo do Sapo, que ficou de me pegar na saída pra gente comer burrito. Pedi o celular de um segurança emprestado e liguei pra ele.

Mas o resto é outro post. Este com fotos.



Chegando em Chicago. Claro que ia atrasar comigo
outubro 13, 2008, 11:11 am
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Depois de 10 horas de sono estou com disposição para contar sobre a viagem pra Chicago e o show. Então vamos lá.

Saí de casa as 7h para pegar meu trem as 7h30. Claro que comigo ia atrasar. Saímos 10h. E teve mais o atraso normal de cerca de 1h entre estações. Passei o tempo todo online com meu Blackberry postando no Flickr fotos do caminho, plurkando e falando no Gtalk. O legal é que tem tomada no trem.

Chegando na Union Station de Chicago (aquela da cena do final de “Os Intocáveis” – 4h depois que esperava – caminhei rapidamente para uma estação de metrô para ir ao hotel, lááá perto do aeroporto. (Excelente hotel, bom preço, mas longe. Acho que valeu.) Faltam três horas pro show.

Entro no trem. Claro que ia atrasar comigo. Na penúltima estação acontece um problema mecânico e tenho que esperar outro trem. Faltam duas horas pro show.

Chego no aeroporto e lá uma van deveria me levar pro hotel. Claro que ia atrasar comigo. Tudo em função do trânsito. Eu teria chegado a pé em 10, mas não sabia como. Falta 45 min pro show.

Faço o check in correndo, largo minhas coisas no quarto e volto para o saguão. “Moça, é mais rápido chegar no Congress Theater de táxi ou de trem?”. “Táxi”.

Ok, táxi. Claro que ia atrasar comigo. Tinha um táxi na porta do hotel, entro e aquele cheirão a asa. Tudo bem. “Corre pro teatro, moço”. Com sotaque árabe ele usa o Nextel para falar com o chefe “Congress Theater, por onde eu vou?” e se vira pra mim e diz, “Desculpa, estou no serviço há apenas 6 dias”. Great. Ligo o GPS do meu Blackberry com o Google Maps e fico seguindo a bolinha azul, que marca onde estou. Traffic.

– Chefe, tem muito trânsito aqui, tem outra rota? – nextela o cara.

– Não tem trânsito.

– Tem sim, eu estou nele.

– Diz para o cliente que não tem trânsito.

Eu impaciente. Passaram-se 20 min do horário de início do show.

Finalmente chegamos no nosso exit e CLARO que ele se perde. Eu digo, VIRA AQUI, enquanto leio o mapa no celular. “Chefe, o cliente quer que eu vire aqui”. “Segue reto”. VIRA! Virou. Chegamos lá em 5 min com minhas instruções. Coitado do cara, nervoso, jordaniano, asento e recém chegado nos EUA. Ele é advogado com mestrado na Jordânia. Disse pra ele não se estressar e elogiei a boa vontade, mas xinguei o chefe. Paguei metade do valor da corrida.

Chego no teatro 40 min depois das 8h, já sem bateria no celular (que 3G que come bateria!). O show de abertura já tava na metade, mas pelo menos o Ben não estava no palco. UFA! Comprei uma camiseta e fui lá pra frente. Claro que ia atrasar. Pelo menos desta vez foi ao meu favor.

Sobre o show, próximo post.



a caminho de Ben folds
outubro 10, 2008, 12:48 pm
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Estou neste momento no trem a caminho de Chicago para ver p show do Ben folds.

Estou passando por um monte de nada.

o trem atrasou 3h. Pelo menos deu mais tempo para fazer as leituras atrasadas.

Chegando ao hotel faco um post mais completo.



Conheçam o Arnaud
outubro 7, 2008, 12:06 am
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Carro e Thanksgiving
setembro 26, 2008, 11:20 am
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Estou pensando em comprar um carro. O que a Marina me disse sobre não poluir e ficar em forma segue martelando na minha cabeça, mas em um lugar SEM linhas de ônibus freqüentes e a temperatura podendo chegar a -15 celsius no inverno é impossível sequer andar duas quadras para ir ao super, mesmo encasacado. Muito menos andar quatro quadras para lavar as roupas. Capaz de congelar a roupa que eu nao secar completamente (para não encolher, to aprendendo, hein!).

E vou visitar a criz no thanksgiving. To vendo passagens de avião/trem/onibus/alguel de carro para ver o melhor custo benefício.



Ike Susto e o caso das árvores tombadas
setembro 16, 2008, 4:05 pm
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No domingo, o que restou do furacão Ike, denominado então de “tempestade tropical”, resolveu dar uma banda por aqui em Carbondale. A americanada, toda acostumada com a situação nem deu bola. Eu, verde com essa coisa de tempestade, resolvi dar a mesma bola que via os americanos dando. Mas bem, olha no que deu.

Domingo 5 a.m. – CABLAM! – Eu ouço um estouro, me levanto no susto pensando que meu monitor estivesse se espatifado no chão, já que havia deixado uma fresta da janela entreaberta. Verifico que tu está ok, fecho a janela e volto a dormir.

6 a.m. Falta luz.

8 a.m. – Ao acordar percebo um galho gigante caído sobre a mesa do quintal do vizinho e concluo que o estouro da madrugada tenha vindo de lá. Penso, “pô, baita tempestade de madrugada”.

10 a.m. – O Arnaud, meu colega de apartamento, havia combinado de buscar uma amiga na casa do orientador dela. Ela havia ficado cuidando dos gatos dele enquanto o cara viajava. A casa do cara fica um pouco afastada da cidade. Partimos para pegar ela e depois tomar café da manhã em algum lugar com energia.

10:05 a.m. – Vento fraco na rua com um leve chuvisco, nada que indique uma grande tempestade. Galhos no chão, muita folha pelas ruas.

10:20 a.m – Depois de entrar na Dogwood, uma estrada secundária, damos de cara uma árvore gigante atravessada na estrada. Eu saio do carro para ver se tem galhos quebráveis para contornar a árvore, mas não tem jeito. CABRUUUM. Penso, “aí vem toró”. Arnaud liga para a colega e damos meia volta.

10:25 a.m – Percebemos que o “trovão” ouvido minutos antes não era uma descarga elétrica, mas o som de uma árvore se partindo e caindo sobre uma ponte, nos deixando presos na estrada. Eu saio do carro e vou fazer a mesma inspeção que havia feito na outra árvore quando ouço outro “trovão”. Sinal pra dar no pé e ficar na chuva em um gramado longe de árvores.

– 911! Help! Help! Tree! Cabrum! Preso!

– Entra na fila meu filho. Tem gente com uma árvore dentro de casa. Segura aí.

Um gentil senhor que mora “entre as árvores” nos deu abrigo e deixou que estacionássemos em seu driveway. Ele me explica que os ventos são altos, por isso não os percebemos do chão. Atravessamos a árvore a pé e pegamos uma carona até o supermercado mais próximo onde uma amiga foi nos buscar.

1 p.m. – Senhor gentil liga dizendo que desobstruiram a estrada e vamos pegar o carro. Desta vez eu levo a máquina.

Segunda 10 p.m. – É reestabelecido o abastecimento de energia elétrica. Alguns só terão energia na quarta.

Li no jornal que este é o pior temporal do gênero nesta região nos últimos 50 anos.



A câmera
agosto 30, 2008, 2:55 pm
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Bom, como vocês puderam notar pelo Flickr, chegou minha câmera nova. É uma D300, não é a melhor do mercado, mas achei o melhor custo/benefício. A máquina tem uma série de funções novas em relação à minha antiga D70 e ainda estou aprendendo a usá-los.

Vocês também podem notar que mudei a foto do cabeçalho para uma daqui de Carbondale. O bonequinho ali eu acho que indica que devemos atravessar a rua como robôs. Também fiz uma lista de blogs ali do lado. Se eu esqueci de algum, avisem-me.

Mais fotos em muito breve. Só não quero atolar isto de fotos porque senão fica aquela coisa monótona e sem novidade.



SIUC e o início das aulas
agosto 18, 2008, 10:29 pm
Filed under: aula, carbondale, mcma, siuc

Depois da semana de orientação, tive minha primeira aula. É tudo completamente diferente do que eu estou acostumado. Ainda bem, acho que vou gostar mais.

Instalações

É simplesmente impressionante a estrutura do curso de Comunicação da SIUC. São dezenas de laboratórios com apenas Macs. Tem umas 4 salas com 40 G5 cada, todos com monitores de 30″. Fora os mega scanners de negativos e coisa e tal, a faculdade possui um laboratório de edição e revelação old style de filme para cinema, incuindo uma mesa de edição e corte já utilizada por Spielberg.

A estrutura inclui dois palcos de teatro, dois sets de cinema e tv, um estúdio de gravação de áudio, outro de música e mais um para gravação de orquestras e corais. Isso sem falar de tudo que esqueci de comentar. A faculdade está entre as top 10 dos EUA em comunicação.

E eu tenho a chave do prédio e acesso 24h aos laboratórios. HOHOHOHOHOHOO

Aula

A primeira aula foi diferente para mim. A sala é disposta em U, com apenas 15 alunos. O professor entrou e não deu UM PIO. Boa noite, nada. Ele distribuiu folhas e só então se apresentou e começou a falar, uns 15 min depois de entrar na sala.

A aula é do tipo seminário, ou seja, quem dá a aula somos nós. Leitura leitura leitura leitura – debate debate e por aí vai.

A disciplina era Mídia como Instituição Social. Um tema recorrente no debate eram as implicações da mídia nas eleições dos EUA. Pelo que percebi, muito dos temas que debatiam me pareceram extremamente batidos e ultrapassados, mas por outro lado tinha uma série de coisas que eu nunca havia ouvido falar. Eu não palpitei muito a não ser para mostrar as diferenças entre as nossas eleições/propagandas e as deles.

Quarta-feira terei minha primeira aula de Media Arts Studio Photo Digital 2D, seja lá o que isso for. E quinta tem aula da análise do mercado de música e videogames. Parece massa.

Drops

– Segui o conselho da Marina e comprei um veículo ecológicamente e anti-pâncico: uma bicicleta. Ainda não sei as regras de trânsito daqui. Diferentes.

– Além da falta de calçadas para pedestres, a falta de iluminação noturna é um problema – não pela segurança – mas por que andar com compras do super no escuro não dá certo. A cidade é feita para carros.

– Arroz é caro.

– Queijo é MUITO caro.

– Só consegui comprar um pacote de CINQUENTA QUINHENTOS guardanapos. Aposto que vai sobrar pra levar pro Brasil.

– Murphysboro (10km daqui – tipo ir ao laranjal) tem uma igreja que adora São Bruno.

– Comprei uma câmera que deve chegar semana que vem. FOTOS!



Instalação
agosto 13, 2008, 2:54 pm
Filed under: carbondale

Ok, tenho Internet. Finalmente. Os caras vieram ontem instalar, mas não funcionava. Fique hooooras tentando ver por que o modem não conectava para descobrir mais tarde que um cabo de fibra óptica havia se rompido e 90 mil pessoas estavam sem rede.

Bom, estou quase instalado aqui. Tenho Internet, um quarto e um PC. Em seguida vem a cama e a câmera. Estou dividindo o apartamento com o Arnaud, um francês de Nice bem gente fina. É bem diferente dos outros frances malas da região. Já conheci grande parte dos 10 brasileiros que aqui vivem além de colombianos, africanos, guianenses, iranianos, palestinos e por aí vai.

Mais coisas bizarras aqui:

– Máquinas de lavar roupa em laundromats ainda não possuem compartimento para amaciante e sabão. Devem ser as mesmas usadas no anos 70. Eu esperava uma mudança de 20 anos atrás.

– Apesar de ter TV a cabo com 200 canais, só a NBC passa mal e porcamente as olimpíadas.

– Tocar em alguém, não interessando a intenção, mas apenas a percepçnao, é considerado assédio sexual.

– Sou O craque do futebol. Até consigo peneirar a bola. Isso até chegarem os árabes. Eles são que nem argentinos no futebol, manhentos até não poder mais. Mas jogam direitinho.

– Água mineral é mais cara que suco e refri.



Primeiras impressões
agosto 3, 2008, 1:51 pm
Filed under: carbondale

Depois de quase uma semana em Carbondale dá pra começar a sentir a real do lugar. Posso dizer que esta é uma experiência completamente nova já que da última vez que morei aqui era tão pequeno que não tinha que passar por diversas

1 – É quente no verão, e muito úmido. Ficar na rua implica ficar com a camiseta encharcada de suor. Pelo menos praticamente tudo que lugar tem a/c.

2 – Praticamente não existem calçadas. Imagino que seja uma tendência nos Estados Unidos, já que aqui praticamente todo mundo tem carro (e pança maior que a minha). Distâncias estupidamente próximas se tornam mais chatas de percorrer em função da inexistência de calçadas. Comprarei uma bicicleta assim que der.

3 – Sabonete em barra é caro. Todo mundo usa sabonete líquido. E também o sabonete não é mais “soap”, mas “beauty bar”.

4 – Somente americanos na TV fazem piadas com ironia e sarcasmo.

5 – Coisa difícil achar uma cama para vender. Cidade minúscula.